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Fotografias:Miguel de Guzmán
A estação Villena se localiza na linha de alta velocidade de Levante, a 60 km de Alicante, e serve a região industrial e agrícola de Vinalopo. Em um ambiente rural, o projeto surge como um ícone de sustentabilidade do sistema de estações de trens de alta velocidade.
A premissa inicial do projeto era integrar a estação ao ambiente. Para isso, diversos mecanismos foram empregados, com o uso do declive natural, a diminuição do impacto visual da infraestrutura, o uso de espécies locais, etc.
O declive formado pela plataforma de trens e o ambiente será usado como base para a proposta. Este declive é tratado com vegetação nativa que não requerem irrigação ou manutenção. Este elemento é usado para integrar a infraestrutura ao ambiente.
Um estacionamento discreto, localizado 1,5 m abaixo do nível de acesso, é facilmente acessado pelos passageiros.
A estação se impõe no terreno, reivindicando sua condição de ícone através de uma ampla cobertura metálica que cobre a estação e as linhas férreas.
Na fachada frontal esta cobertura age como uma pele dupla, proporcionando proteção solar aos espaços internos.
Este mesmo elemento cria sombras e protege os passageiros nas plataformas.
A estação responde ao programa de uma estação sustentável da rede de alta velocidade ADIF. Baseada nestes parâmetros, a estação tem sua gênese na busca pela eficiência energética.
São três os conceitos aplicados: a cobertura metálica, sistemas de integração e otimização da captação de energia.
O elemento da cobertura se comporta como um dispositivo de proteção solar, diminuindo o ganho de calor em determinados espaços internos. Ele também age como uma matriz sob a qual a grande maioria das instalações se localizam.
Os sistemas de captação de energia varia entre sondas geotérmicas conectadas à estrutura, painéis fotovoltaicos integrados à cobertura metálica e coleta de água da chuva para irrigação.